Pesquisa
Jovens trabalhadores no contexto da flexibilidade: percepções, trajetórias e perspectivas
Com o crescente processo de flexibilização do trabalho, o perfil do trabalhador ideal também ganha novos contornos. Ele deve mobilizar no trabalho uma série de atributos que não constam do diploma: polivalência, criatividade, habilidades tecnológicas e comunicacionais, autonomia, disposição para novos aprendizados, adaptabilidade, além do gosto por riscos e desafios. Diante desse cenário, os trabalhadores jovens ganham destaque, uma vez que valores como flexibilidade e inovação são geralmente associados à juventude, ou melhor, a uma construção social hegemônica sobre a juventude. A juventude, mais que uma classificação etária, passa a ser uma referência cultural para todas as idades. Assim, a proposta de nossa pesquisa é, a partir da reconstrução de trajetórias juvenis, compreender de que formas jovens trabalhadores, em distintas condições sociais e laborais, têm vivenciado as novas configurações do trabalho, e, sobretudo, quais suas percepções e experiências em meio a um cenário marcado por discursos que incentivam o empreendedorismo, o individualismo e a autorresponsabilização. A proposta é compreender que referenciais e valores orientam seus percursos, escolhas e projetos de futuro, bem como analisar se e de que formas suas experiências concretas revelam resistências, reapropriações e ressignificações de lógicas entendidas como dominantes. Para isso, nos utilizaremos, principalmente, do enfoque metodológico biográfico ou das narrativas, realizando entrevistas e observações junto a três grupos juvenis: entregadores "bikeboys", profissionais de tecnologia e jovens desempregados..
Período: 2022-2025
Coordenadora: Aline Suelen Pires
Financiamento: CNPq
Período: 2022-2025
Coordenadora: Aline Suelen Pires
Financiamento: CNPq